terça-feira, 8 de junho de 2010

uma noite chata, depois de um dia cansativo

Hoje é dia de evangelho no lar na minha casa (somos espíritas) e teve um trecho que achei muito bonito, me chamou atenção:

“Quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar abaixo de vós; vede quanta miséria a aliviar; quantas pobres crianças sem família; quantos velhos que não têm mais uma só mão amiga para os socorrer e lhes fechar os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer! Não vos lamenteis; mas ao contrário (...)”
(ADOLFO, bispo de Argel, Bordéus, 1861)

Precisa falar alguma coisa? Precisa falar que estamos sempre reclamando de barriga cheia?
Eu até prefiro não ir muito longe e lembrar que sempre estamos com muita pressa para notar quem está sentado do nosso lado.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Saudades

Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!


Florbela Espanca