segunda-feira, 18 de outubro de 2010

É como o rio...

Tenho pensado, a vida de fato é como um rio, e a água nunca para, pois TUDO, tanto bom quanto ruim, passa.


- Começei a escrever esse post, de acordo com o blogger, no dia 15/05. É, acho que eu tenho deixado muita coisa pra fazer depois e não tenho terminado nada. Mas voltemos ao fato de que tudo passa, até os pensamentos que me motivaram a iniciar esse post.

sábado, 9 de outubro de 2010

quando a gente escreve e não sabe o porquê. Ondas

Mais um dia presa pelas mesmas paredes, na companhia de um de seus CDs preferidos - nada melhor que comprar seus próprios presentes – ela sempre gostou daquele vestido velho que costumava usar em casa. Talvez o estivesse usando quando ele a visitasse. Não sei bem o que era de início, sei que o encostei na minha testa, a música fez com que meus olhos ficassem entreabertos, não via nada muito bem, mas sei que se fosse ele, estaria lendo meus olhos quase bêbados como ele fazia de costume. Por que alguns costumes precisam mudar? Não quero pensar nisso agora. Quero mandar no meu sonho. Suas mãos estavam nas minhas costas. Eu sei que estariam. Naquele balançar de testas delicado como as ondas de um rio, a música nos embalava. Nossos olhos entreabertos estavam perto demais, me deixavam tonta... narizes, bocas. Suas mãos estavam na minha cintura. Eu estava tão lenta, de alguma forma fui levada e deitei-me sofá. Senti seu peso, todo girou, como se o mundo parasse e então eu encostava minha testa no sofá. Aquele balanço me embebedava. Sua mão estava na minha nuca. Olhei para cima, mas não sei o que vi. Senti-me como uma gata que preguiçosa que deixa a cabeça cair até os ombros naquele ritmo sonolento de quem sabe que o mundo é perfeito naquele momento. Mas era só uma almofada. Vai ver sempre foi. Dormi. Ou acordei.

terça-feira, 8 de junho de 2010

uma noite chata, depois de um dia cansativo

Hoje é dia de evangelho no lar na minha casa (somos espíritas) e teve um trecho que achei muito bonito, me chamou atenção:

“Quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar abaixo de vós; vede quanta miséria a aliviar; quantas pobres crianças sem família; quantos velhos que não têm mais uma só mão amiga para os socorrer e lhes fechar os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer! Não vos lamenteis; mas ao contrário (...)”
(ADOLFO, bispo de Argel, Bordéus, 1861)

Precisa falar alguma coisa? Precisa falar que estamos sempre reclamando de barriga cheia?
Eu até prefiro não ir muito longe e lembrar que sempre estamos com muita pressa para notar quem está sentado do nosso lado.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Saudades

Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!


Florbela Espanca

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tempo.

Sempre pensei: "Tempo é como o aproveitamos, ele sempre está lá, cabe a nós decidirmos aproveitá-lo bem ou não".
Provavelmente eu estou com sérios problemas sobre como organizá-lo, mas sei que ele simplesmente tem sumido, corrido pra longe de mim!
Tempo, preciso de você!

Preciso estudar mais, como eu sempre penso que "farei amanhã", preciso passar mais tempo com meus pais e minha irmã, preciso sair com meus amigos (o que não faço há séculos), preciso lembrar de cuidar de mim, da saúde do meu corpo, preciso ler coisas simplesmente por prazer, preciso fazer minhas pequenas, bobas e estranhas coisas que gosto de fazer, preciso passear com minha cachorra (ou pelo menos tentar lembrar que ela existe), preciso assistir mais filmes, preciso dormir mais, preciso lembrar que existem garotos e um deles às vezes pode ser mais do que um amigo, preciso estudar coisas que não se relacionam tão diretamente à minha universidade, mas que eu gosto muito, preciso fazer as unhas as vezes, preciso tentar aprender a cozinhar, preciso cuidar do meu jardim, preciso lembrar de agradecer mais e melhor as pessoas que me ajudam tanto, preciso lembrar mais vezes do meu blog, preciso lembrar de tantas outras coisas que tenho que lembrar e preciso, com urgência, organizar melhor meu tempo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Intensidade.

Uma coisa que eu penso sobre a amizade: não é sobre a quantidade de tempo que passamos juntos, mas a intensidade com que vivemos esse período.
Lembro-me bem de, na oitava série, olhar pra menina que sentava na minha frente (que por sinal eu sinceramente tinha um carinho) e pensar "todo dia nos desejamos bom dia, mas não precisaremos de muito tempo longe para esquecermos uma da outra" - não é por não gostar dela, mas por saber que nunca passamos juntas por algum momento que não fosse do chato cotidiano.
Uma coisa é fato, tudo passa.
E eu acho que só conseguimos guardar na lembrança o que realmente nos é importante.

Eu amo meus amigos, eu adoro conversar com meus eles e percebo quando realmente tenho um amigo depois de perceber o quanto posso falar da minha vida e dos meus sentimentos para ele.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Arrumando o guarda-roupa

Vocês sabem aquelas cosas que não gostamos de fazer, ou pelo menos temos preguiça de começar, mas que quando começamos se torna algo prazeroso? Pra mim, arrumar o guarda-roupa é assim.

Pode parecer algo bobo, mas podíamos dar uma chance às coisas (e mesmo às pessoas) que parecem não ser tão legais e se começarmos a conhecer se tornam algo bom.

Já outras coisas estão no mesmo lugar há séculos sem nos ser útil e acabamos deixando-as devido ao nosso comodismo, quando arrumamos nosso guarda-roupa algumas vezes nos deparamos com essas coisas que poderiam ser bem mais úteis em outro lugar.

Por quê não dar uma chance àquelas roupas que estão esquecidas num canto?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fim de semana na fazenda

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais


Fim de semana trabalhando numa fazenda. Com essa vista, eu simplesmente amei trabalhar no sol quente.


domingo, 10 de janeiro de 2010

A semana


Uma semana observando o novo. Comparando (?). Pensando. Vendo que as coisas podem ser diferentes - e iguais.
Auckland é no mínimo interessante. Seja pela quantidade de nacionalidades diferentes nas ruas. Seja pela hospitalidade do povo. Seja por ter belos jardins e praças. Seja por simplesmente ser diferendo do que eu sou acostumada a ver. Seja por eu gostar de ver as coisas com novos olhos, tentando não buscar o que é mais comum.

Para mim tudo tem sido muito tranquilo, acho que tenho facilidade em me adaptar, a família dona da casa onde estou é legal; estou gostando muito da escola, de conhecer gente de tantos países diferentes (almoçar com duas alemãs, uma chinesa, uma francesa e uma brasileira); as refeições são diferentes das do Brasil; as pessoas que moram aqui são muito amigáveis, sempre que possível te ajudam; os raios solares são muito fortes; o vento é muito frio.

Imagem: Na frente do museu de Auckland

domingo, 3 de janeiro de 2010

Primeiros contatos

Cheguei ontem às 7:45 da manhã do dia 3 (horário de Auckland), como previsto.

Acreditem se quiserem, mas a parte mais difícil do vôo foi no aeroporto de Marabá, onde eu moro! Todos estavam preocupados sobre como seria em Congonhas, já que seria minha primeira viagem internacional e tals, mas lá foi super tranqüilo. Ah, o chato foi que em Buenos Aires ficaram com meu desodorante, protetor solar, rímel e delineador, eu não poderia levar eu uma necessérie, teria que levar em um tipo de sacola plástica – o que não fui só eu que descobri na última hora. Mas eu não me estressei nem um pouco.

Ontem não fiz muita coisa, já cheguei por volta das 9:30 na minha “homestay” , a dona da casa estava na igreja, fui recebida pela filha dela, de anos. Tomei meu café, a dona da casa chegou logo depois, fui numa mercearia aqui perto, arrumei minhas coisas no quarto – que vou dividir com uma Russa que chega dia 6, descansei um pouco, mas como pessoa agoniada que eu sou, fui andar aqui por perto, já que me aconselharam a esperar os outros estudantes (na mesma homestay chegou um chileno pouco mais cedo que eu, já estavam um casal de brasileiros num quarto e uma brasileira e uma mexicana dividindo outro) para ir um pouco mais longe, já que eu poderia me perder se fosse sozinha.

Bem, durante a caminhada pude ver casas com jardins muito bonitos, alguns senhores cuidando desses jardins, um neozelandês com um sorriso muito amigável na mercearia, uma senhora neozelandesa que me indicou um bom caminho pra andar (que eu não fui com medo de me perder hahaha), um lugar ótimo para se passear com cachorros ou crianças, onde vi três pais com seus respectivos filhos num playground, ah, não só nesse lugar, mas como em toda a cidade, as plantas estão sempre presentes! SEMPRE! Uma coisa que só percebi hoje (são 7:30 da manhã) é que simplesmente o pouco de sol que peguei me deixou vermelha!

Hoje devemos ir ao museu daqui a pouco =)