segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Raízes (?)

É meio estranho, mas sinto uma espécie de necessidade de "começar tudo do início".
Tudo por que passamos nos marca de alguma forma - gosto de lembrar sempre que não importa muito as experiencias pelas quais passamos, mas o que aprendemos, o que fazemos, as lições que tiramos do que vivemos. Parece uma coisa boba, mas não é.
Já vi o mundo como se o estivesse vendo pela primeira vez diversas vezes (e quero conseguir continuar fazendo isso sempre). Não acho possível falar sobre tudo o que vivi, bem como não falarei de tudo que vou viver. Também não conseguirei descrever todas as marcas que ficaram e ajudam a compor o que sou. Mas acho relevante questionar sobre as minhas "raízes", é meio difícil identificá-las quando se nasce numa cidade, passa um período importante para a formação do seu "eu" em outra, atualmente mora em uma terceira (sendo essa provavelmente a última em ordem de preferencia) e tem parentes que moram em cidades diferentes os quais visita periodicamente. A sensação de "não sou daqui" interagindo com a curiosidade de conhecer mais lugares, mais pessoas, mais formas de vida é algo engraçado.
Talvez todos tenhamos a necessidade de dizer de onde somos, ter aquele grupo que nos identifica, o lugar para onde voltar. Vamos então questionar. Isso realmente faz parte da nossa identidade ou é mais uma forma de mascará-la para sermos tratados como um todo e não como um indivíduo único? Não digo que somos uma bolha, nossas experiencias vão influenciar no que somos. Adquirimos os costumes de acordo com o meio, mas, como já disse lá em cima, o que fazemos com as experiencias pelas quais passamos é o que realmente vai nos diferenciar.
Não quero rasgar o passado, não quero menosprezar a cultura (nunca!). Quero questionar e poder abrir os olhos para ver o horizonte todo, quero me sentir livre para pensar. Quero conseguir ver os erros que já viraram costume, quero conseguir melhorar. Quero conseguir ver a beleza do passado e a porcaria do presente. Quero valorizar a beleza do que foi feito no lugar de onde vim.
Acredito na possibilidade de convívio entre diferentes culturas, para isso o respeito é fundamental. A curiosidade nos move.
Vivi. Estou vivendo. Tenho sede para viver muito mais.

sábado, 28 de novembro de 2009

Do início do blog

Para começar esse blog pensei em tentar justificar o motivo da criação do mesmo. Bem, já havia algum tempo q via blogs muito legais e pensava q poderia ser interessante fazer um também, mas vinha a pergunta: falar exatamente sobre o q? Acredito que todos temos vários aspectos interessantes em nossas vidas, mas, talvez por comodismo, não via na minha rotina um momento para começar um blog.
Os dias tem passado tão rápido, tão cheios... vazios, vazio.
(Talvez hoje tenha sido um exemplo de quão cheios e vazios meus dias tem sido).

E há pouco tempo estava pensando em uma forma de registrar a minha viagem a Auckland, minha primeira viagem para fora do país. (Sairei de Marabá/PA - onde moro no dia 31 de dezembro/2009, voltarei dia 3 de março/2010)
Não gritei eureca, nem tenho certeza se realmente achei a melhor idéia, mas resolvi tentar começar o que já tinha pensado.
Assim nasceu esse blog, inicialmente com o pensamento de registrar uma viagem.
Mas aí parei: ah, virão outras, muitas já foram feitas, sempre viajamos de uma ou outra forma.
Então que ele seja descompromissado com seu futuro, mas que seja intenso, como todo bom momento.

Que lembremos da intensidade em todo momento, vejamos o mundo do agora com o olhar de quem está vendo pela primeira vez, com a curiosidade de quem está conhecendo algo novo, um lugar onde acabou de chegar, uma viagem que está sendo feita. Que façamos com o mundo o laço forte de quem o conhece há anos, daqueles velhos amores que só se renovam com o tempo.
Este é então um blog feito no caminho, na estrada. (Quando não estamos trilhando um?)
E eu sou Ana.
Estou na minha estrada.


ouvindo: Marisa Monte - álbum: Verde, anil, amarelo, cor de rosa e carvão.

Na estrada (Carlinhos Brown / Marisa Monte / Nando Reis)

Ela vai voltar, vai chegar
E se demorar, I´ll wait for you
Ela vem, e ninguém mais bela
Baby, I wanna be yours tonight
Sem botão, no tempo, no topo, no chão
em cada escada, a caminhada a pé, de caminhão
Seu horário nunca é cedo aonde estou
e quando escondo a minha olheira
é pra colher amor
Sala sem ela tem janela
inclina em cerca de atenção
Ela vem, e ninguém mais
Ela vem em minha direção
Sala sem ela tem janela
inclina em cerca de atenção
Ela vem, e ninguém mais
bela vem em minha direção